Os livros sussurram
A essa hora da tarde.
Rendidos
Versos, verbos, vírgulas
Ao lençol de névoa
Que contorna o assoalho da entrada.
Estremecido entardecer.
Derrete-se em céus
Envolve arranha céus
Contenta-se em nuvens.
Os livros nas gavetas conversam.
Ao se pôr, seria o final triste,
Não fosse o sigilo
Morada de vozes familiares.
Entardece.
Os livros cochicham.
Passos desandam
Espumas retornam
Num comungar de despedidas.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
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8 comentários:
Lindo, significativo...
Beijinho!
poema que combina perfeitamente com o dia chuvoso aqui nestas terras do sul.
gostei.
lindo,lindo...
As imagens que vc tece são bonitas demais!
Eu fico com um grito preso nos olhos de embasbacamento.
Um beijo, linda!
oi!
obrigada pela visita ao meu blog!
;)
familiares as vozes que nos dizem tanto de nós, como a tua...
meu sentimento acompanha tuas palavras como numa dança suave.
Camila, você é toda feita de lirismo, um lirismo tão intenso como o que fez de Neruda um poeta universal!
beijos!
Camila, obrigada por suas visitas, que muito me alegram.
Passo correndo por seu blog, hoje, mas espero poder voltar em breve com calma.
Senti mil imagens voarem por cima da minha cabeça, inspiradas pelas tuas palavras.
Que lindo, parabéns.
Beijos. =)
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