Tropeço em seus contornos
Todo santo dia desde o primeiro choro.
Escorro por veias
Enquanto o sol, ainda morno,
Consterna-me em pensamentos.
Suas manhãs sempre me foram caras,
Muito embora as tardes,
Inundem-me de saudades tenras.
Horas chegam em primeiro
E meu lento coração implora,
Pelos segundos fracionados.
A passarada ruma aos montes,
Por cima das casas coloridas
E fito por entre as vigas...
Pessoas rumam em bando,
Pras bandas de algum lugar.
Ai, esse mar...
Tanta água umedece
Os cálculos das minhas fugas
Rabiscadas em papeis de seda.
A cidade me concreta em queixa,
Confessa-me uma agonia tanta,
Que roga aos meus rompantes
Algum suspiro manso.
Todo santo dia desde o primeiro choro.
Escorro por veias
Enquanto o sol, ainda morno,
Consterna-me em pensamentos.
Suas manhãs sempre me foram caras,
Muito embora as tardes,
Inundem-me de saudades tenras.
Horas chegam em primeiro
E meu lento coração implora,
Pelos segundos fracionados.
A passarada ruma aos montes,
Por cima das casas coloridas
E fito por entre as vigas...
Pessoas rumam em bando,
Pras bandas de algum lugar.
Ai, esse mar...
Tanta água umedece
Os cálculos das minhas fugas
Rabiscadas em papeis de seda.
A cidade me concreta em queixa,
Confessa-me uma agonia tanta,
Que roga aos meus rompantes
Algum suspiro manso.
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Foto: Tiago Lima (http://www.tiagolima.com/)
Um comentário:
As cidades, esta cidade, que amamos, e cujo corpo percorremos.
Tenho em relação a Salvador esta mesma sensibilidade que você expressa tão agudamente.
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