Noturna
Esfria o corpo
Roupas de algodões
Em sua boca
Estrelas e luas e cometas e corujas
Descansam os parques.
Calçadas de entreabertos olhos
Vigiam os passos
Em pedras portuguesas
Adormecem
Muros e árvores e bancos e jardins...
Folhas reclamam igarapés
Os siriris
Em cirandas de luz
Aos montes
Cantam nomes
Em sérias ruelas
Cala o verbo
Nasce a pele
O corrimão delatador
Trinca estrondosamente
Sob as mãos de alguém que chega
As crianças nos berços
Sonham
Os poemas nos livros
Amam
As chuvas nos telhados
Tilintam
Noturna
Chega como de costume...
Com suas luas e estrelas e cometas e corujas
E céus e bocas e trombetas e silêncios.
sexta-feira, 15 de junho de 2007
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2 comentários:
moça...tu escreve muito bem...muito lindo...muito detalhado...minuncioso...fiquei bobo...me add ao msn pra a gente trocar ideia...beijos
dontsmoke1707@hotmail.com esqueci de deixar o email...rssss
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