Uma viola toca canções contentes.
Não há nessa morada
nada que lembra água
nos olhos da gente
Hoje a noite chamaram uma alegria cancioneira
viradas nas cordas tensas
saem leve como o nada
pra dançarem enluaradas
pelos céus de bocas quentes
Até a lua se fez mais cheia
enquanto as estrelas primeiras
eram pintadas no escuro
formando um mar de contas
harmoniosamente tingidas pelas mãos do criador
Cá dentro um amornar cadenciado
na medida em que o dedilhado
espalhava-se manso
pelas audições presentes
Cantigas de santos terrenos
Gigantes
Embora pequenos
Trazem um pouco de fé...
Por cada nota transpasso um fio.
Teço um rosário transparente
para rezar seus mistérios
quando a viola for versar
em outros ouvidos fieis.
sábado, 2 de junho de 2007
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