Acordo na varanda
Da casa alva de antes.
No céu
O claro anil
Com seus pássaros de chegada
Dizem-me por onde passei.
Respiro tão fundo
Como se um novo nascer
Fosse possível nessa hora do dia.
Recordo o Cajueiro.
Seu lugar ainda seu
Declara uma ausência marrom.
E já em terra crespa
Crescem os primeiros verdes.
Assovio alguma canção antiga,
Alguma memória escondida
Nas frestas, nos vãos, nos rachados...
E me vem, sempre bem vinda,
Aquela dos tempos dos rios,
Das feiras, dos peixes salgados.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
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8 comentários:
O passado, a nostalgia...
Bem a propósito destes primeiros dias de Outono!
Beijinho!
que bonito, Camila!
pois é, esse mundo interior atemporal e sempre novo, onde fazemos esses encontros especiais. Eu me sinto identificada com sua sensibilidade.
Obrigada por sua visita!
beijos, Ana.
ai, baiana, como adoraria ter um livro teu! você é sensacional, fonte generosa de pura Poesia! seus olhos são um esconderijo neste mundo frenético. passeio por tuas paisagens sempre com bem-estar, mesmo naquelas mais liláses.
um abraço, o mais terno!
Êta esfera linda a qual seus versos remetem...
Sempre um sonho.
ps: às 17 um chá, ele leva uns discos embaixo do braço, ela passa perfume nas bochechas, ainda é dia, a luz opaca ainda clareia as vagas idéias apaixonadas.às 18 já é noite, rapidamente, e tudo fica mais denso, mais dentro, mais deles.
É por isso.
E sabe, virei aqui mais e mais...
Beijo, moça.
que bonito.
:)
(:
gostei da rima dos versos.
obrigada pela visita.
Hmmm, bom! Gostei disso, mesmo!
abs
Jardim
e é tão bom receber esses aromas, não?
beijos, querida e obrigada pela gentil visita! Volte sempre que quiser!
MM.
As memórias que carregamos, são elas que dão sentido à vida que vamos construindo, de assobio em assobio.
Simplesmente por que certos momentos e lembranças existem para além do tempo...
Beijo
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