Raios solares de mesmo incômodo
Atingem-me como de costume,
Os sons não param de insistir,
Enquanto me espreguiço
Pelos lençóis agitados
Da cama, mesma, desde menina.
Levanto para um banho
Quente, muito quente.
Há óleo em meu corpo
E no ralo se perde a espuma.
Minha tez espera
O momento em que as vestes
Enfeitarão seus acinzentados.
Penso na noite, mesma,
Desejando acobertar-me
Pelas horas de um sono
Calmo.
Percebo em meus desejos, mesmos,
Que sou uma mulher cansada
E anseio pelas vozes dos falsos
Calares.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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14 comentários:
De repente pareceu-me que esse era o poema que esqueci de escrever um dia desses.
A dor é sempre velha e o cansaço retroativo. Bom é saber que alegria, ao contrário, é sempre nova, é boa infância, é canção de nascimento. Que o tempo dê-nos sempre mais dias cancioneiros.
Também me tenho sentido uma mulher cansada ultimamente, e talvez por isso, me tenha identificado muito com este poema.
Beijo.
Ô mulher tocante, viu?
Fico sempre encantado...
Meu beijo, sua bonita!
Pra váriar, textos fantásticos. Estou voltando a publicar o meu blog aqui:www.zeba.com.br . Passa lá... Beijo!
Arranquei as cordas à viola
Calei este altivo tambor
Emudeci meu prazenteiro canto
Sou tecelão de sentires no vale do desamor
Bom fim de semana
Mágico beijo
agradeço a doce visita
...
eu que nem sempre venho aqui!
bom, muito, que quando a gente cala, a gente fala e fala mais. :)
Vim te te ler, e te reli.E é como ler de novo, do começo, novamente, versos novos. Quantos sentidos, quantas frestas entreabertas...
Então resolvi lhe deixar um afago, mais um.
Té.
Vim aqui antes, Florzinha e não deixei rastro.
Voltei pra dizer que esse poema se comunica fundamente com algo que eu tenho lá dentro, bem dentro.
Um beijo meu.
É as vezes é assim comigo também...um beijão
Carol Montone
querida,
estou passando para dizer que espero que os melhores frutos caiam em seu cesto no ano que está prestes a começar e que seus dias sejam sempre perfumados por brisas doces!!! sorte e sucesso!
beijos e até
MM.
Camila querida
Também espero ansiosa por vozes de falsos calares.
Quando elas se farão ouvir?
Beijos. Grandes.
Flávia
que bonito. feito aquela mecha de cabelo que volta e meia cai no rosto e a gente, já cansado, nem faz mais força pra tirar.
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