terça-feira, 16 de agosto de 2011

Da varanda via o sol ir embora,
enquanto esticava minha coluna
no muro de tijolinhos.
Gastava o tempo vendo o dia passar,
sem nenhuma ansiedade comum.

Naquele lugar tudo ficou eterno,
nada passou.

A varanda talvez não desmanche olhares,
nem a mureta continue a equilibrar

qualquer coisa que queira parar.
O legado,pra mim,foi o cheiro
do café forte na cozinha,
misturado ao som das coisas
que vão sem deixar
saudades.

5 comentários:

Mateus Borba disse...

Você é a poeta das coisas, dos momentos, da sutileza que as coisas exprimem, das coisas que quase ninguém percebe.

Mateus Borba disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mateus Borba disse...

E aquilo que escrevi lá, sobre a Casa Antiga, foi pensando em seu jeito de escrever. Claro que não cheguei perto, mas foi querendo ver a vida com olhos de CamilaLemos.

Raiça Bomfim disse...

Muito lindo mesmo. Ratifico o comentário de Mateus. E digo o que sempre tenho pra lhe dizer: te amo.

Mateus Borba disse...

Ei, boniteza, tem um selo pra tu lá no MelodiaInvertida. Siga as regras. Beijões e cheiros.