quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Chegados calores




No instante em que as águas aquecem
Descem da pirambeira
Nuvens estreitadas em branco.

O calor, que era jura,
Cumpri-se em transparência

E eu sei, já era tempo
Das roupas secarem.

Corpos se achegam na areia
Protegidos pelas horas,
Que agora, são de bem viver.

As prosas são de meninice
E uma comichão fervilha
Calcanhares distraídos.

Chamas horizontais
Chamam e o cio atende,

Enquanto silhuetas coloridas
Douram seus calores
Com seus pudores ao léu.
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2 comentários:

Priscila Lopes disse...

Lindo, lindo. Tocante. Admiro-me de não haver comentários. Aliás, não me admiro.

Escrevo a respeito de uma novidade literária: é o blog CINCO ESPINHOS, criado por mim e pela amiga Aline Gallina, com o intuito de fazer crítica literária em forma de literatura (poesia, crônicas, contos ou pensamentos).

http://cincoespinhos.blogspot.com

ALÉM DISSO, TODA SEMANA ESTAREMOS PUBLICANDO UM TEXTO DE UM AUTOR "DESCONHECIDO", POR NÓS GARIMPADO NA INTERNET, NA INTENÇÃO DE REVELARMOS ESCRITORES CONTEMPORÂNEOS QUE VALHAM A PENA.

Obrigada pela atenção. Comente. Participe.

Abraços

Sol da meia noite disse...

E o calor tem poder para o que aqui descreves e muito mais...
Incentiva à libertação de pudores, tabus, preconceitos...
E tudo acontece no seu estado mais puro!

Beijinhos!